SEMENTES
desfaleço no limiar do desalento
se a memória mergulha num arquejo
e evade das muralhas e tormentos
este sonho em que agora adormeço
retorno ao senso primordial,
a delicadeza de um impulso
que então revela magistral
a sublimação do meu percurso
desvendo sementes de eternidade
exumadas na harmonia e equidade
da paz em que agora me aconchego
a candura iluminada de um segredo,
ruflares enfim do teu sonhar sereno
em que me descubro neste instante pleno
J.C.Lopes
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