20.11.20

LISBOA


És tu o acenar de uma libertação
entre torrentes revoltas de um lirismo
que assalta e subjuga um frágil coração.

És tu o contraponto de uma existência
dissipada entre a imensidão do oceano
e a contenção do rio, subtil demência
de um sonhar por trópicos e meridianos.

Viajo em ti indefinido sentimento.
O teu frenesi urbano e o teu vento
arrastam-me pluma e poesia, Lisboa.

Faço-me então a tua gente, circulares e ruas,
na reinvenção das noites e das luas,
em cada saudade que para o infinito voa.

J.C.Lopes



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