MORRE O POETA
morre o poeta tantas vidas
de todas as vidas que recriou
morre da palavra indefinida
de tantas quantas redesenhou
morre o poeta da ousadia
de todos os sonhos incautos
morre do silêncio e da agonia
do reverso e dos versos infaustos
morre de todas as mortes
entre tantas que estancou a sorte
entre tantos promissores limiares
morre na serenidade dos ares
murmurantes do seu canto
em perene rima com seu pranto
J.C.Lopes
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